Termo cunhado em 2021 pelos psicólogos alemães Timo Schiele e Bert Wild, o “Burnon” foi um dos assuntos mais debatidos no LinkedIn ao longo da semana.
Enquanto o Burnout é amplamente reconhecido como um estado de esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho, o “irmão” menos conhecido descreve um cenário em que os profissionais se envolvem de maneira excessiva e obsessiva com o trabalho, sem terem a percepção do desgaste, o que também pode levar a problemas de saúde física e mental e a um colapso súbito no qual os sinais de esgotamento não foram percebidos.
“A principal diferença entre o Burnout e o Burnon está na percepção do desgaste. No Burnout, a pessoa eventualmente percebe a fadiga e os problemas causados pelo estresse, enquanto no Burnon há uma negação dos problemas, uma visão idealizada e romantizada do trabalho”, explica a Dra. Simone Nascimento, médica com especialização em saúde mental e bem-estar corporativo.
O psiquiatra Estevam Vaz, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira, revela que tanto o Burnout quanto o Burnon possuem fatores diversos e não é possível definir a origem dos problemas. O especialista corrobora que há um perfil profissional mais propenso a ter as enfermidades.
“Segundo Freudenberger, psicólogo considerado o criador da noção [do Burnout], existe um perfil de pessoas que são propensas ao Burnout; são sujeitos extraordinários, que têm como características o idealismo, o perfeccionismo, a impaciência, a determinação, e são carismáticas. Isso, em tese, também estaria presente no Burnon, o que estão chamando de pré-Burnout”, pontua.
Fonte: rhpravoce.com.br